Segundo Paulo Henrique Silva Maia, Doutor em Saúde Coletiva pela UFMG, compreender o desenvolvimento do cérebro infantil é essencial para promover práticas pedagógicas mais eficazes e adaptadas às reais necessidades das crianças. A aprendizagem na infância está diretamente relacionada aos estágios de maturação cerebral, e ignorar esse fator pode comprometer o progresso cognitivo, emocional e social dos pequenos.
Neste artigo, abordaremos como o desenvolvimento neurológico interfere nos processos de aprendizagem infantil, os fatores que influenciam essa relação, e como pais e educadores podem contribuir positivamente com estímulos adequados em cada fase.
O que acontece no cérebro durante a infância?
Durante a infância, especialmente nos primeiros anos de vida, o cérebro passa por transformações intensas e rápidas. Essa fase é marcada pela formação de conexões sinápticas — ligações entre neurônios — que ocorrem em grande escala, moldando a capacidade de pensar, sentir e agir. O volume cerebral aumenta consideravelmente até os cinco anos, e é nesse período que se estabelece a base para a aprendizagem futura.
De acordo com Paulo Henrique Silva Maia, esse processo neurológico não acontece de forma aleatória. Ele segue uma lógica evolutiva onde as áreas sensoriais e motoras se desenvolvem primeiro, seguidas pelas regiões associadas à linguagem, atenção e, posteriormente, funções executivas como o raciocínio lógico.
Por que o desenvolvimento do cérebro afeta a aprendizagem?
O desenvolvimento cerebral infantil influencia diretamente como a criança assimila, processa e retém informações. Cada etapa do crescimento neurológico corresponde a uma janela de oportunidade para determinados aprendizados. Por exemplo, a fase entre 0 e 3 anos é ideal para estímulos relacionados à linguagem, já que o cérebro está mais receptivo a esse tipo de informação.
Conforme explica o fundador da Case Consultoria e Assessoria, Paulo Henrique Silva Maia, respeitar o tempo do cérebro evita sobrecargas e frustrações no processo educacional. Quando o ensino é adequado ao nível de maturação cerebral, a criança se sente mais segura, motivada e capaz de aprender.

Quais fatores influenciam o desenvolvimento cerebral infantil?
Diversos fatores internos e externos impactam o desenvolvimento do cérebro e, consequentemente, a aprendizagem na infância. Entre os mais relevantes, destacam-se:
- Nutrição: uma alimentação equilibrada favorece o crescimento neuronal e o funcionamento adequado do sistema nervoso central.
- Estímulos cognitivos: brincadeiras, leituras, músicas e jogos educativos ajudam a fortalecer as conexões cerebrais.
- Ambiente seguro e afetivo: relações positivas com cuidadores reduzem o estresse e promovem o desenvolvimento emocional saudável.
- Qualidade do sono: durante o sono, o cérebro consolida memórias e organiza os aprendizados do dia.
Para o empresário Paulo Henrique Silva Maia, a integração entre saúde, educação e cuidado é fundamental para garantir um desenvolvimento cerebral pleno durante a infância.
Como adaptar o ensino ao desenvolvimento neurológico infantil?
Para garantir uma aprendizagem mais eficaz, é necessário que escolas, professores e famílias considerem as fases de desenvolvimento cerebral ao planejar atividades e interações com as crianças. Algumas estratégias eficazes incluem:
- Ensinar por meio do brincar: atividades lúdicas promovem o aprendizado natural e respeitam o ritmo do cérebro infantil.
- Estímulo à linguagem e à escuta ativa: contar histórias, cantar e conversar diariamente ajuda na aquisição de vocabulário e expressão verbal.
- Repetição e rotina: a previsibilidade oferece segurança e favorece a consolidação das conexões neurais.
- Respeito ao tempo individual: cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento e isso deve ser valorizado.
Paulo Henrique Silva Maia explica que quando o ensino se alinha ao funcionamento do cérebro em desenvolvimento, a aprendizagem se torna mais significativa e duradoura. Por fim, a relação entre o desenvolvimento do cérebro e a aprendizagem na infância é profunda, dinâmica e essencial. Quando os estímulos educacionais respeitam o ritmo e as fases da maturação neurológica, o aprendizado flui de forma mais natural, prazerosa e consistente.
Autor: Francisco Zonaho