Oluwatosin Tolulope Ajidahun observa que a infertilidade secundária, caracterizada pela dificuldade em engravidar novamente após uma primeira gestação bem-sucedida, surpreende muitos casais. A expectativa comum é de que, se o corpo já conseguiu gerar um filho, novas concepções ocorreriam naturalmente. No entanto, a realidade clínica mostra que esse quadro é frequente e pode gerar frustração, ansiedade e até sentimentos de culpa, exigindo atenção médica especializada.
Fatores associados à infertilidade secundária
Diversas razões explicam por que engravidar novamente pode ser mais difícil. A idade materna é um dos principais fatores. Muitas mulheres adiam a segunda gravidez para investir na carreira ou estabilizar a vida pessoal, mas, com o passar dos anos, a reserva ovariana diminui, e a qualidade dos óvulos sofre queda significativa.
Tosyn Lopes elucida que aspectos relacionados ao parto anterior podem influenciar. Cirurgias cesarianas mal cicatrizadas, infecções pós-parto ou a formação de aderências no útero e nas trompas podem comprometer a fertilidade. O estilo de vida tem peso considerável: ganho de peso excessivo, sedentarismo, tabagismo e consumo frequente de álcool reduzem as chances de concepção.

Fatores masculinos na infertilidade secundária
Embora muitas vezes a atenção recaia sobre a mulher, a infertilidade secundária também pode ter origem masculina. Alterações na qualidade seminal são relativamente comuns com o avanço da idade, mesmo em homens jovens no momento da primeira gestação.
Oluwatosin Tolulope Ajidahun frisa que, em alguns casos, infecções genitais não tratadas ou inflamações da próstata afetam diretamente a fertilidade masculina. Ademais, o aumento da idade paterna tem sido associado a maior risco de alterações genéticas nos gametas, o que impacta não apenas a taxa de concepção, mas também a saúde embrionária.
Impactos emocionais e sociais
Não se pode ignorar a carga emocional associada a esse diagnóstico. Muitos casais enfrentam a incompreensão social, ouvindo comentários que minimizam sua dor com frases como “já têm um filho, não precisam de outro”. No entanto, o desejo de ampliar a família é legítimo, e a frustração diante das tentativas malsucedidas pode gerar sentimentos de impotência, ansiedade e até conflitos conjugais.
Tosyn Lopes reforça que o estresse elevado influencia negativamente a fertilidade. O excesso de cortisol, hormônio associado à resposta ao estresse, interfere na ovulação e pode reduzir a qualidade dos espermatozoides. Por esse motivo, o suporte psicológico deve ser incorporado ao tratamento, permitindo que o casal lide de forma mais saudável com as dificuldades e mantenha o vínculo fortalecido ao longo do processo.
Diagnóstico e possibilidades de tratamento
O diagnóstico da infertilidade secundária exige investigação detalhada. Para as mulheres, exames hormonais, ultrassonografias transvaginais e histerossalpingografia são ferramentas iniciais, enquanto a histeroscopia pode identificar aderências ou cicatrizes no útero. Para os homens, o espermograma é essencial para avaliar concentração, motilidade e morfologia dos gametas.
Oluwatosin Tolulope Ajidahun salienta que o tratamento deve ser individualizado. Quando há alterações hormonais, a reposição ou regulação adequada pode restaurar a fertilidade. Nos casos de obstruções tubárias ou cicatrizes uterinas, intervenções cirúrgicas minimamente invasivas apresentam bons resultados. Se o fator masculino for predominante, mudanças de estilo de vida, uso de antioxidantes e tratamentos medicamentosos podem melhorar a qualidade seminal.
Quando a concepção natural não é possível, a reprodução assistida surge como alternativa segura. A inseminação intrauterina (IIU) pode ser indicada em situações de alterações leves, enquanto a fertilização in vitro (FIV) oferece resultados mais promissores em casos complexos. O congelamento de óvulos ou embriões também é uma estratégia para casais que desejam planejar novas gestações com mais tranquilidade.
Retomando a esperança após a infertilidade secundária
Oluwatosin Tolulope Ajidahun conclui que a infertilidade secundária, embora dolorosa, não representa um fim definitivo para os planos familiares. Com diagnóstico precoce, acompanhamento multidisciplinar e acesso às tecnologias modernas, muitos casais conseguem superar as dificuldades e realizar o sonho de ter outro filho.
Nesse cenário, é fundamental compreender que cada jornada é única. Reconhecer os fatores envolvidos, buscar ajuda especializada e adotar hábitos de vida saudáveis são passos essenciais para transformar o obstáculo em oportunidade.
Autor: Francisco Zonaho
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.