Segundo Carlos Alberto Arges Júnior, advogado especialista, a integração dos princípios ESG (ambientais, sociais e de governança) nas empresas exige muito mais do que boas intenções — requer uma base sólida de conhecimento técnico e jurídico. A orientação legal é essencial para transformar compromissos éticos em práticas concretas, seguras e sustentáveis.
No contexto ambiental e social, o advogado atua como uma ponte entre os valores da empresa e as exigências normativas que garantem sua aplicação de forma legítima. O apoio jurídico, portanto, não apenas protege a empresa de passivos, mas orienta sua atuação estratégica.
Quais os riscos de agir sem suporte jurídico em questões ambientais?
Sem uma base jurídica adequada, decisões empresariais envolvendo o meio ambiente podem resultar em consequências severas — desde autuações e multas até a responsabilização civil e criminal de diretores e gestores. A legislação ambiental brasileira, por exemplo, é considerada uma das mais rigorosas do mundo e impõe obrigações complexas e específicas para cada setor.

De acordo com o Dr. Carlos Alberto Arges Júnior, a orientação jurídica é fundamental para garantir que as ações da empresa estejam consoantes as normas como a Política Nacional do Meio Ambiente, o Código Florestal, e as exigências do licenciamento ambiental. Advogados especializados também são indispensáveis na análise de estudos de impacto ambiental (EIA/RIMA) e na negociação de compromissos de compensação com os órgãos reguladores.
De que forma a assessoria jurídica contribui para a justiça social nas empresas?
O pilar social do ESG está profundamente ligado à observância de direitos trabalhistas, igualdade de oportunidades, diversidade e inclusão. A orientação jurídica ajuda a empresa a implementar programas que respeitam os direitos humanos, combatem o assédio e a discriminação, e asseguram condições dignas de trabalho em toda a cadeia de valor. Além disso, um jurídico bem estruturado é fundamental para mapear riscos de passivos trabalhistas e elaborar políticas claras de conduta ética, integridade e compliance.
Conforme elucida o Dr. Carlos Alberto Arges Júnior, toda política corporativa que envolva compromissos ambientais ou sociais precisa de uma base jurídica sólida para ser eficaz e sustentável. Advogados especializados em direito ambiental, empresarial e trabalhista auxiliam na construção de políticas coerentes com o marco regulatório nacional e internacional, como os princípios da ONU, as diretrizes da OCDE e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Como o jurídico contribui para a prevenção e mitigação de riscos?
A governança eficaz passa necessariamente pela antecipação de riscos, pontua o Dr. Carlos Alberto Arges Júnior. Nesse sentido, o jurídico atua como uma função estratégica, participando de auditorias, due diligences e análises de impacto. Em questões ambientais, isso significa mapear responsabilidades em caso de contaminação, descarte inadequado de resíduos ou danos à biodiversidade.
Empresas que desejam se destacar em ESG precisam comunicar com clareza suas ações e resultados, inclusive em relatórios obrigatórios e voluntários. A atuação jurídica é essencial para garantir que as informações divulgadas estejam conforme as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), padrões de auditoria e frameworks internacionais como GRI e SASB.
Em suma, o Dr. Carlos Alberto Arges Júnior destaca que a cultura jurídica não se limita ao departamento legal — ela deve permear todas as áreas da empresa. Isso significa que lideranças e gestores devem estar familiarizados com os fundamentos legais que regem suas decisões e que a ética deve ser tratada como um valor institucional, não apenas um item de compliance.
Instagram: @argesearges
LinkedIn: Carlos Alberto Arges Júnior
Site: argesadvogados.com.br
Autor: Francisco Zonaho